

Ancelotti assume Seleção e deixa Neymar de fora na primeira convocação
O italiano Carlo Ancelotti assumiu a Seleção Brasileira nesta segunda-feira (26) e deixou Neymar de fora em sua primeira convocação, para os jogos contra Equador e Paraguai, em junho, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Ancelotti, de 65 anos e o primeiro estrangeiro em seis décadas a comandar o Brasil, chega para mudar a cara de uma equipe com pouco sucesso esportivo nos últimos anos e desconectada de seus torcedores.
Em meio à grande expectativa, o ex-técnico do Real Madrid foi apresentado em um hotel no Rio de Janeiro, um evento com 250 jornalistas credenciados.
"É um grande orgulho comandar a melhor seleção do mundo, tenho pela frente um grande trabalho e muita esperança de que o Brasil volte a ser campeão", disse Ancelotti durante sua apresentação, no Rio de Janeiro.
"O único objetivo é ganhar a Copa do Mundo" de 2026, acrescentou o italiano, que será o quarto técnico da Seleção em dois anos.
Ancelotti também promoveu o retorno do volante Casemiro (Manchester United) à Seleção, que contará com os astros Vinícius Júnior (Real Madrid) e Raphinha (Barcelona).
- Neymar fora da convocação -
Ancelotti estreará no dia 5 de junho contra o Equador, em Guayaquil. No dia 10, o Brasil receberá o Paraguai em São Paulo.
São dois jogos importantes no caminho rumo à Copa de 2026, apesar de o Brasil estar na zona de classificação direta, na quarta colocação, a dez pontos da líder e já classificada Argentina.
O italiano não convocou Neymar, que acaba de se recuperar de mais uma lesão, embora tenha garantido que, "obviamente", conta com ele no futuro.
Em seu último jogo pela Seleção, na derrota por 2 a 0 para o Uruguai em outubro de 2023, o craque sofreu uma grave lesão no joelho que o afastou dos gramados por mais de um ano.
Casemiro, de 33 anos, retorna para trazer "carisma, personalidade e talento", segundo Ancelotti.
O volante do Manchester United, que pode receber a faixa de capitão da equipe, não era convocado desde 2023.
O italiano assumirá uma seleção pela primeira vez depois de conquistar um recorde de 15 títulos com o Real Madrid em seis temporadas e de se tornar o treinador que mais venceu a Liga dos Campeões da Europa (cinco conquistas).
- Crise dentro e fora de campo -
A chegada de Ancelotti era esperada há mais de dois anos pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que precisava encerrar uma sequência de resultados decepcionantes.
Depois da conquista do penta, em 2002, a Seleção chegou à semifinal da Copa do Mundo em apenas uma das últimas cinco edições do torneio, em 2014, quando sofreu a histórica goleada por 7 a 1 para a Alemanha, posteriormente campeã.
O Brasil também venceu apenas uma das últimas seis Copas América, em 2019.
Ancelotti assume o cargo em meio a turbulências dentro da CBF, que elegeu um novo presidente, Samir Xaud, no domingo, após a recente demissão de seu antecessor, Ednaldo Rodrigues.
De acordo com a imprensa, o técnico receberá cerca de 10 milhões de euros por ano (cerca de R$ 64,6 milhões, na cotação atual).
-- Lista de convocados da Seleção Brasileira:
Defensores: Alex Sandro (Flamengo), Alexsandro (Lille/FRA), Beraldo (PSG/FRA), Carlos Augusto (Inter de Milão/ITA), Danilo (Flamengo), Léo Ortiz (Flamengo), Marquinhos (PSG/FRA), Vanderson (Monaco/FRA), Wesley (Flamengo).
Meio-campistas: Andreas Pereira (Fulham/ING), Andrey Santos (Strasbourg/FRA), Bruno Guimarães (Newcastle/ING), Casemiro (Manchester United/ING), Ederson (Atalanta/ITA), Gerson (Flamengo).
Atacantes: Antony (Betis/ESP), Estêvão (Palmeiras), Gabriel Martinelli (Arsenal/ING), Matheus Cunha (Wolverhampton/ING), Raphinha (Barcelona/ESP), Richarlison (Tottenham/ING), Vinícius Júnior (Real Madrid/ESP).
P.Hedlund--StDgbl