

Spalletti anuncia que deixará seleção italiana após jogo contra Moldávia
O técnico da seleção italiana, Luciano Spalletti, anunciou neste domingo (8) que deixará o cargo depois do jogo da equipe contra a Moldávia, programado para segunda-feira, pelas Eliminatórias europeias para a Copa do Mundo de 2026.
"Conversamos no sábado com o presidente da Federação Italiana e ele disse que eu serei dispensado das minhas funções de treinador da 'Nazionale'", declarou Spalletti em entrevista coletiva, dois dias depois da derrota da Itália por 3 a 0 para a Noruega em Oslo.
"Fico triste, mas dada a relação que temos, eu não tinha nenhuma intenção de desistir. Principalmente quando as coisas não vão bem, prefiro continuar e fazer o meu trabalho", disse o treinador.
"Mas fui demitido e tenho que aceitar", admitiu.
Spalletti, de 66 anos, assumiu a seleção italiana em agosto de 2023, substituindo Roberto Mancini, que saiu para comandar a Arábia Saudita. Seu retrospecto à frente da 'Azzurra' é de 11 vitórias, seis empates e seis derrotas.
Desde a sua chegada, conseguiu classificar a Itália para a Eurocopa de 2024, mas a campanha da equipe, que foi ao torneio como atual campeã, terminou nas oitavas de final, com uma derrota por 2 a 0 para a Suíça.
Apesar dessa eliminação, Spalletti foi mantido no cargo, mas rapidamente ficou sob pressão novamente com a queda nas quartas de final da Liga das Nações da Uefa diante da Alemanha.
O anúncio da saída do treinador contrasta com as declarações do presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Gabriele Gravina, horas antes em outra entrevista coletiva, na qual manifestou que continuava acreditando "na equipe e no projeto" de Spalletti, apesar da derrota para a Noruega, que complica a classificação da Itália para a Copa de 2026.
"Vamos participar do próximo Mundial, ainda faltam muitos jogos", declarou Gravina, que definiu o treinador como alguém "extraordinário" e "nobre", que está sendo alvo de "ataques que não merece" por parte da imprensa.
No entanto, o dirigente italiano tachou como "inaceitável" a derrota em Olso, com três gols sofridos no primeiro tempo de um jogo em que os italianos não fizeram frente aos noruegueses.
"Se ele ou eu somos responsáveis por algo, talvez seja por não ter conseguido fazer os jogadores compreenderem o orgulho que é vestir a camisa 'azzurra'", concluiu Gravina.
L.Hansson--StDgbl